PANORAMA DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA (GEE) NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL: SETORES, SUBSETORES, ATIVIDADES ECONÔMICAS E MUNICÍPIOS

Maele Costa Dos Santos, Anderson Gabriel Corrêa, Eduarda Gomes de Souza, Maiara Moraes Costa, Larissa Aldrighi da Silva, Caren Wilsen Miranda Coelho Wanderley, Diuliana Leandro, Willian Cézar Nadaleti

Resumo


As atividades econômicas e industriais são as principais responsáveis pela emissão de poluentes atmosféricos. A emissão desses poluentes na atmosfera confere impactos em escala global, uma vez que contribuem para o lançamento dos Gases de Efeito Estufa (GEE), responsáveis pelo aquecimento global. O Rio Grande do Sul está localizado no extremo sul do Brasil, considerado o 4° estado com maior PIB. O escopo do presente estudo visa analisar as emissões de GEE no Estado do Rio Grande do Sul por setores, subsetores, atividades econômicas e municípios, utilizando os dados disponíveis de emissões e remoções da plataforma online SEEG. Os resultados mostraram que o RS, reduziu as emissões de GEE durante a pandemia da COVID 19, no ano de 2020, com redução de 4,6% comparado ao mesmo período do ano anterior, sendo a agropecuária o setor mais emissor de CO2eq do Estado, seguido pelo setor de energia, com a queima de combustíveis fósseis o principal subsetor responsável por estas emissões. O município de Candiota é o principal emissor do Estado, emitindo cerca de 2,77 milhões de toneladas de CO2eq com ano-base de 2018, enquanto o município que remove mais CO2eq da atmosfera é Horizontina, com remoções de -8.525,00 tCO2eq. Em relação às emissões do gás metano, o setor de agropecuária é o principal emissor, atingindo em 2020 mais de 1 MtCO2eq. Dentre as atividades econômicas mais poluentes no RS, estão: pecuária, agropecuária, agricultura e o transporte de carga e passageiros, somando em torno de 71,18 MtCO2eq. Logo, se faz necessário à implementação de planos e soluções para a mitigação das emissões de GEE em todos os setores no estado.


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