Lendo o Real com um olho em Keynes e outro em Kalecki
Resumo
Neste trabalho, procuramos demonstrar que é possível derivar, tanto de Keynes quanto de Kalecki, uma teoria da inflação (primeira e segunda seções). Na seqüência, procuramos demonstrar que, malgrado suas diferenças, a teoria keynesiana é compatível com a teoria kaleckiana, e a síntese de ambas
forma uma unidade superior. Outrossim, procuramos demonstrar, ainda na terceira seção, que a ancoragem cambial é a política antiinflacionária mais eficaz de uma perspectiva keyneso-kaleckiana. Na quarta seção, procuramos demonstrar que, para além da ancoragem cambial (de inflexão keyneso-
-kaleckiana),o Plano Real comporta uma face ortodoxa, que se manifesta na sobrevalorização monetária de 1994 a 1998. Essa face é a responsável pelos crescentes déficits em transações correntes, que tiveram de ser compensados por uma política de atração de capitais assentada em juros cronicamente altos, na explosão da dívida pública e na desnacionalização da economia.
forma uma unidade superior. Outrossim, procuramos demonstrar, ainda na terceira seção, que a ancoragem cambial é a política antiinflacionária mais eficaz de uma perspectiva keyneso-kaleckiana. Na quarta seção, procuramos demonstrar que, para além da ancoragem cambial (de inflexão keyneso-
-kaleckiana),o Plano Real comporta uma face ortodoxa, que se manifesta na sobrevalorização monetária de 1994 a 1998. Essa face é a responsável pelos crescentes déficits em transações correntes, que tiveram de ser compensados por uma política de atração de capitais assentada em juros cronicamente altos, na explosão da dívida pública e na desnacionalização da economia.
Palavras-chave
Politica econômica; estabilização economica; plano real
Texto completo:
PDFISSN 1806-8987