Acordos de cooperação na indústria de agrotóxicos — 2000-09

Aline Matsushita, Victor Pelaez, Patrícia Hamerschmidt

Resumo


Nos últimos 20 anos, a indústria de agrotóxicos sofreu uma reestruturação causada pela estratégia de expansão externa das principais empresas por meio de fusões, aquisições e acordos cooperativos. Os principais acordos realizados, no período 2000-09, pelas seis maiores empresas do ramo (Syngenta, Bayer, BASF, Dow, Monsanto e DuPont) são analisados de acordo com uma tipologia que procura sistematizar as causas da adoção de acordos estratégicos. Foram identificados cinco tipos de acordos envolvendo as empresas de agrotóxicos: comercialização; pesquisa e desenvolvimento (P&D); acesso a produtos e/ou ingredientes ativos (IAs); produção; e produção e comercialização. As empresas buscaram essas parcerias com as suas concorrentes, a fim de superar e estabelecer barreiras à entrada ou à mobilidade, diminuir os custos e os riscos, gerar economias de escala e escopo, ter acesso a novos mercados e aumentar sua competitividade por meio da expansão de seu portfólio de produtos. A elevada concentração do mercado (as seis maiores empresas controlam cerca de 70% das vendas mundiais) e a grande segmentação, em função da elevada diversificação e diferenciação de produtos, correspondem aos principais motivos para o estabelecimento desses acordos.

Palavras-chave


Indústria de agrotóxicos; acordos de cooperação; estrutura de mercado

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ISSN 1806-8987