A categoria risco e a globalização no debate sociológico contemporâneo

Maria Thereza Rosa Ribeiro

Resumo


Resumo
Neste artigo, pretende-se abordar os aportes de Ulrich Beck e Anthony Giddens através do desenvolvimento conceitual da sociedade de risco e da modernização reflexiva. Beck parte da tese da análise da produção social do risco através da reflexividade dos processos de modernização no capitalismo avançado. Giddens trata dos riscos e perigos como efeitos da produção industrial, os quais, na modernidade avançada, são imprevisíveis, e a ciência, aliada à técnica, gera mais tecnologia e conhecimento para o controle do risco e da segurança da vida social. A modernização reflexiva significa, para Giddens e Beck, a reflexividade dos agentes sobre os efeitos de processos sociais que os acometem. Por conseguinte, a reflexividade, na era da incerteza, entrelaça ruptura e continuidade das formas de vida societárias tradicionais. A fim de avançar no debate da globalização e do risco, são trazidos, também, os argumentos dos autores Altvater, Bauman, Sennett, Habermas e Boaventura de Sousa Santos, os quais tratam das consequências do processo de globalização no capitalismo contemporâneo, as desregulamentações econômica e política, a degradação do meio ambiente, a escassez de recursos naturais, a poluição, o risco à vida humana, o perigo do uso de tecnologia e a instabilidade política. Autores com posições distintas sobre a mesma temática auxiliam a compreensão do pensamento pós-moderno no que tange à perspectiva de conversão da vulnerabidade da vida social sob situação de risco, em um movimento de reinvenção da democracia.

Palavras-chave: globalização; meio ambiente; políticas públicas.

Palavras-chave


sociedade de risco, reflexividade, limites do espaço ambiental, democracia e formas de vida societária

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ISSN 1980-2668