Avanço da precariedade no mercado de trabalho do Rio Grande do Sul, nos anos 90
Keywords:
mercado de trabalhoAbstract
Este artigo tem como propósito traçar um quadro evolutivo da qualidade das ocupações no mercado de trabalho, no Rio Grande do Sul, entre 1992 e 1999. Parte-se do pressuposto de que, no decorrer desse período, o processo de reestruturação produtiva, a abertura comercial e a política de estabilização macroeconômica produziram uma deterioração (ou precarização) do emprego no Estado. Assume-se que isso se manifesta na presença e no tamanho do segmento informal do mercado de trabalho. A fonte de dados usada neste estudo é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE. A pesquisa revela que houve um aumento da informalidade em áreas em que a parcela de trabalhadores informais já era elevada no início dos anos 90 — como é o caso do comércio de mercadorias e dos transportes e comunicações —, mas também em setores tradicionalmente caracterizados pela forte presença do trabalho formal — como é o caso da administração pública e da indústria de transformação. Merece destaque o pequeno avanço do trabalho formal no setor prestação de serviços, área caracterizada pela amplitude do trabalho precário. O estudo mostra, igualmente, que as categorias ocupacionais precárias que mais se expandiram foram o trabalho sem carteira de trabalho assinada e o trabalho por conta própria.Downloads
Issue
Section
Artigos de Conjuntura