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Uma avaliação espacial da incidência da dengue nos municípios de Minas Gerais, nos anos 2000 e 2010

Autores
  • Bruno Silva de Moraes Gomes

    Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Suzana Quinet de Andrade Bastos

    Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Bruna Rodrigues Nascimento

    Universidade Federal de Juiz de Fora
Palavras-chave:
dengue, políticas públicas, primeira diferença, autocorrelação espacial.
Resumo

O trabalho busca entender a influência do espaço (vizinhança) e das variáveis climáticas e socioeconômicas na incidência da dengue nos municípios do estado de Minas Gerais. Para isso utiliza-se das estimações dos modelos espaciais com controle de efeito fixo. Os resultados indicam que o saneamento básico, o PIB e a densidade populacional influenciam positivamente na incidência da dengue. As variáveis climáticas (temperatura mínima e máxima, umidade e precipitação) não influenciam os casos de dengue. Além disso, o controle da dependência espacial não deve ser considerado nível municipal, ou seja, o que ocorre num município não se relaciona com seus vizinhos no que tange à dengue. Tal resultado demostra que o problema da Dengue merece um controle mais localizado do que a abrangência municipal, devendo ser desagregado talvez a níveis de bairros, quarteirões e ruas. Palavras-chave: Dengue; políticas públicas; primeira diferença; autocorrelação espacial.

 

TÍTULO EM INGLÊS

A spatial evaluation of the incidence of dengue in the municipalities of the State of Minas Gerais in the years 2000 and 2010

Abstract

This paper aims to understand the influence of space (neighborhood) and environmental and socioeconomic variables on the incidence of dengue in the municipalities of the State of Minas Gerais. For this purpose, the authors use an exploratory spatial data analysis and estimates by ordinary least squares (OLS) for the years 2000, 2010 and the differing data (2010/2000). The results indicate that basic sanitation, the Gross Domestic Product (GDP) and population density positively influence the incidence of dengue. In the spatial analysis, the climate variables (minimum and maximum temperature, humidity and precipitation) influence the cases of dengue. In addition, the control of spatial dependence should not be considered at the municipal level, that is, what occurs in a municipality does not relate to its neighbors as far as dengue is concerned. This result demonstrates that the problem of dengue deserves a control more localized than the municipal scope and should be disaggregated perhaps to districts, blocks and streets.

 

Keywords

Dengue; public policies; first difference; spatial autocorrelation

Classificação JEL:

Artigo recebido em jan. 2015 e aceito para publicação em mar. 2017.

Biografia do Autor
  1. Bruno Silva de Moraes Gomes, Universidade Federal de Juiz de Fora
    Atualmente é doutorando em economia aplicada na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2010) e mestrado em economia aplicada pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2012). Tem experiência na área de economia com interesse nos temas de Desenvolvimento Regional, Políticas Públicas, Redes de Cidades, Economia da Saúde e Métodos Econométricos com ênfase em Econometria Espacial.
  2. Suzana Quinet de Andrade Bastos, Universidade Federal de Juiz de Fora
    ossui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1981), Especialização em Economia Industrial pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1983), Mestrado em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000) e Doutorado em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004). Atualmente é professora Associado 3 da Universidade Federal de Juiz de Fora e professora do Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada da UFJF. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Desenvolvimento Econômico atuando principalmente nos seguintes temas: Economia Regional e Urbana, Desenvolvimento Econômico Local, Economia de Serviços, Economiada Saúde, Rede de Cidades, Arranjos Produtivos Locais, Minas Gerais, Zona da Mata e Juiz de Fora.
  3. Bruna Rodrigues Nascimento, Universidade Federal de Juiz de Fora
    Bacharel em Economia pela UFJF
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Publicado
2017-06-30
Seção
Artigos
Licença
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